O leite materno é um dos alimentos mais completos que existem e fornece ao bebê todos os nutrientes de que ele precisa para o seu desenvolvimento. Mas nem todas as crianças conseguem receber essa alimentação, devido a uma hipersensibilidade à proteína do leite. A alergia precisa ser tratada – caso contrário, pode acabar se desenvolvendo.
Cuidado com a alimentação: leite materno pode causar alergia nos bebês. Foto: Shutterstock
Causas da alergia ao leite materno
Na verdade, a alergia ao leite materno se deve basicamente a uma rejeição a proteínas de derivados do leite de vaca ingeridos pela mãe. Ela pode se desenvolver por dois motivos principais. Um deles é a predisposição genética. A sensibilidade pode ser hereditária, e costuma se manifestar apenas na infância. A segunda causa pode ser um sistema digestivo não amadurecido. Se ele não estiver pronto para receber alimentos alergênicos, passados pelo leite da mãe, poderá desenvolver a patologia.
Para descobrir se a criança é alérgica ao leite materno, o primeiro passo é a observação dos possíveis sintomas. É preciso saber que nem sempre a criança que apresenta algum deles sofra da alergia, mas se mais de um surgir ao mesmo tempo, você deve investigar. Saiba quais são eles:
- Vômitos
- Cólicas
- Diarreia
- Dor abdominal
- Prisão de ventre
- Sangue nas fezes
- Dermatites
- Problemas respiratórios
- Emagrecimento repentino.
Os sinais da doença podem surgir alguns minutos, horas ou dias após a ingestão do leite, ou de algum de seus derivados. Muitas vezes os alérgenos estão na alimentação da mãe e apenas são transmitidos na amamentação. Mães que tomam muito leite de vaca produzirão um leite materno com maior potencial alergênico.
Se o bebê apresentar estes sintomas, procure um pediatra. Ele poderá prescrever algumas ações e exames para detectar. Até pouco tempo atrás, o diagnóstico era feito de forma intuitiva. Quando os sintomas se apresentavam, o leite era retirado da alimentação da criança, e então se observava a existência ou não de melhora no quadro.
Como saber se seu filho tem alergia ao leite materno
Hoje existem testes que permitem saber com certeza se o seu bebê é intolerante ou alérgico ao leite materno. Os exames são feitos através da coleta de sangue ou da mucosa boca. É um processo não invasivo, e o resultado fica pronto em duas semanas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, 8% das crianças sofrem com alergia alimentar, principalmente ao leite de vaca, ovo, trigo e soja. Estima-se que um em cada 20 lactentes possua alguma rejeição ao leite. De forma geral, calcula-se que a intolerância ou alergia a esse alimento afete, em graus diferentes, 40% das pessoas.
Como tudo o que a mãe come passa para o leite, o primeiro estágio dos cuidados é a mudança da dieta materna. Um cardápio restritivo é montado, cortando todos os derivados do leite e produtos que possam contê-lo em sua composição. Este processo pode durar até 9 meses.
Alimentação da mãe pode colaborar para alergia do bebê ao leite. Foto: Shutterstock
Se o quadro não sofrer mudanças, o leite materno é suspenso da alimentação do bebê e o médico deve recomendar um leite hipoalergênico. Mas estas atitudes só devem ser tomadas emcaso de detecção da doença. Antes disso, a indicação é de que a mãe beba bastante água e mantenha uma dieta equilibrada.
Se não for tratada, a alergia ao leite materno pode se desenvolver, e se tornar um quadro deintolerância à lactose – isto é, quando o intestino do bebê não possui a enzima necessária para digerir o açúcar do leite. O essencial é que haja um acompanhamento médico desde os primeiros dias de vida da criança, e que a mãe reporte todas as reações do bebê ao pediatra.
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